segunda-feira, 3 de maio de 2010

A posição de luta


A posição de luta ou combate é a disposição do corpo em favorecer movimentos de ação e reação diante de um oponente para aplicações técnicas ou táticas.


Em muitos campeonatos importantes pode-se observar e estudar as diferentes posições de combate, embora com algumas características com o qual podemos chegar a uma conclusão: que não há uma posição pré-fixada, já que cada competidor a adapta segundo suas características pessoais específicas tais como, peso, altura, agilidade, experiência ou tática.


Sem a intenção de estabelecer uma postura definida, poderíamos ter alguns parâmetros físicos e mecânicos de nosso corpo para uma boa posição de luta.
1 – A distância entre ambos os pés não deve ser excessiva, mais ou menos um terço superior a largura dos ombros, ou seja a largura dos ombros mais um terço, já que quanto mais larga seja a base necessitaremos mais impulso para nossas ações e é um gasto energético desnecessário, assim como a maior distância entre nosso pé e o local de impacto no adversário. A maioria das vezes, esses décimos de segundos que tardamos em um ataque por uma excessiva abertura de pernas, é o que nos faz errar o ataque.
2 – O peso ligeiramente para frente, pelo qual tenderemos a dobrar ligeiramente a perna da frente e levantar um pouco o calcanhar da perna de trás. Estas características nos permitem uns movimentos mais rápidos e equilibrados, com respeito a nossos movimentos de aceleração e de ação-reação criadas por mobilidade dos joelhos e cotovelos que atuam como uma mola.


3 – O quadril e os ombros adaptam uma posição natural e de lateralidade, os ombros caídos e relaxados, bem como os braços. Estes últimos com a mínima contração, para permitir a realização de bloqueios e ataques de punho o mais rápido possível. O braço da frente tende a estar dobrado entre 80° e 130° e o de trás, uns 45°. As mãos fechadas, sem rigidez dos antebraços. Com tudo isso pretendemos proteger as zonas pontuáveis do corpo e cabeça,e evitar uma excessiva rigidez ou tensão de nossos membros, que nos privariam de velocidade, potência e eficácia de nossas ações durante o combate.


4 – De uma mesma posição de combate devem partir a maioria das ações técnicas, já que para cada movimento adaptarmos uma posição semelhante, terminaremos escondendo nossa intenção tática, seja um ataque ou contra-ataque. Um exemplo muito claro disto é o que muitos competidores novatos, para realizar determinadas ações como Dolio Tchagui ou Mondolio Tchagui, giram o quadril pelo lado da perna com a qual vão realizar uma dessas técnicas. Isso, durante a competição, chama-se telegrafar o movimento, pois facilita de antemão o contra-ataque do adversário.


5 – Nossa visão deve englobar a totalidade do adversário e com amplitude de seu rosto, tórax e pés. Jamais devemos fixar um ponto concreto, pois é um erro perigoso. O mais aconselhável é tentar olhar à distância para perceber todos os movimentos de nosso adversário, assim como dominar visualmente as linhas da zona de combate e a posição de árbitros e juizes.

(apostila Taekwondo competitivo: mestre Jusseri 6º Dan)


fonte: http://www.mestrejusseri.com.br(apostila/

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